Poema para Boloño

Um jogo de montar poemas
Pedra atirada ao acaso
E pular para chegar ao céu
Ao limbo ou inferno compartilhados
Todo jogo é arbitrário, regras aprendidas
Ao jogá-lo
Só se aprende o texto lendo
Às vezes só se apreende as palavras escritas vendo
Só se compreende plenamente a mensagem correspondendo
A literatura moderna de língua hispanica exige investigação selvagem
Partindo de várias estórias retalhos para se formar um texto colcha
Temporário, parcial, inacabado, e também contraditório, faltando ou sobrando ''de muito"
cabendo terminá-lo ou imaginar o seu fluxo contínuo ( pois temos esta possibilidade de também
contar a nossa versão) do inferno limbo compartilhado ( America Latina)
Geração de jovens poetas (1970)mortos ou perdidos, ou de ideais perdidos
Com seus ideais, perdidos poetas
Com poesias mortas sem sentido,como a Latina América Surrealista
Seus mitos vagando e pregando sua estética do sonho que Glauber Rocha sacou e escreveu a estética
do sonho;
Allende morto como sonho
Jovens universitários correndo, fugindo do gás lacrimogenio, e das porradas de policiais estúpidos, que promovem um espetáculo para apenas uma expectadora
Que ve a distancia, todo o movimento da janela do banheiro da faculdade
Sentada com os pés suspensos e sua calcinha por entre os joelhos
Sua imagem congelada
... vários narradores narrando várias estórias do limbo e do inferno compartilhados
E eu no inferno e no limbo também,compartilho o meu POEMA PARA BOLOÑO

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