Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "de 1914)

Prainha em 1908 (do livro "Exploração do Rio Ribeira de Iguape "

Vamos deixar o mato crescer.deixar quem queira voltar pra lá

Dias atrás encontrei uma formiga onça
Dona Delí tinha dito que se costurasse uma num pano
ela ainda vivinha, se fazia um patuá.
Ela ia morder doído até morrer
mas nada mais de mau me ia acontecer.
Nem doença, nem mau olhado...nada.
Peguei.
Bonita. Grande com suas pintas amarelas.
Olhei...fiz o pedido.
Ela disse que não era hora. Soltei.
Todos temos que morrer
quando chegar a nossa hora.
Aqui em Araraquara, na região toda, quase tudo é cana
Latifúndio. Terra boa que não acaba mais.
Ainda tem uns restos de mata velha
onde amontoam o que sobrou dos bichos e plantas
num bocadinho, assim, de terra.
Superpopulação irônica
pensei no humano. As cidades.
Primeiro fazem com que o povo do mato saia de suas casas
dizendo que a terra não é mais deles...
deles os próprios filhos da terra
que o dinheiro vale mais
que a terra é de quem tem o papel assinado.
Gente de fora. Graudão
aí soltam gados em suas hortas
cortam suas matas
matam os seus bichos
e dizem que o serviço que inventaram acabou
e o povo custa caro:
“- Na cidade tem mais chance”
mandam o povo pra cidade
e ainda dizem que eles vão por ganância.
Na cidade nascem os filhos
sempre lembrando das histórias dos antigos.
É...porque se tem uma coisa que não é esquecida
é isso do tempo da felicidade...
do rio limpo...da comida limpa...
dos segredos do dia e da noite.
Pois não é que os graudão
dizem que o mundo é superlotado...
Que não vai ter mais espaço,
que as pessoas não podem mais nascer...
que vão ter que fazer casa na lua.
Só pra se ganhar mais dinheiro?
Só que tem muita terra, gente!
Terra onde mora um mundão de cana,
de boi, de café, de laranja, de soja.
Que as pessoas nem comem tudo.
É só prá tomar lugar do povo.
Ô meu Deus, deixa esse povo que era da terra voltá pra terra.
Se a gente veio do pó deixa a gente voltá pro pó!
Deixa as árvores crescerem pros bichos poderem morar
e cuidar dos seus filhos
e a água derramá de tanta quantidade.
Gente, pára de pensar na ganância
vamos pensar nos filhos dos nossos filhos.

déco
Araraquara 02-07-99
(parte da poesia inspirada no jeito de declamar poesia regional dos grandes declamadores Osvaldo Matsuda e Julio Cesar Costa)
(do Livro Vento Caminhador)

Se não se olha para o lado

Que saco tudo isto, uma espécie de tédio este lugar,
Não se vê graça em quase nada
Talvez o mundo pareça não suportar mais as coisas
As mesmas músicas a quase todo momento:
“eu quero êxtase”.
As pessoas sem saber o que fazer.
Só se ouve falar nas desgraças do mundo
“Quatro cavaleiros andarão pela terra,
mas ainda não será o fim”
“não sei aonde faltará água”
“alimentos transgenicados em outros
não tão mesmos metamorfosearão seu ambiente
seja gástrico ou vegetal.”
“gatos e cachorros invadem cidades
e é preciso vasectomisá-los”
mas quando eles não conseguirem nascer mais
o humano morrerá de tanto estar sozinho.
Até aonde procurará ele companhia
para o seu espírito solitário?
No além dos aléns das estrelas?
Com quantas máquinas procurará
nos confins do universo o seu “próximo” animal?
-Que brilho solitário brilhará
em seus olhos, alma andante.
Não pode mais ver seu reflexo no olho de um outro?
“assim será o fim”?
uma busca de nós nos outros que já se foram
deixando para a posteridade uma eterna procura.
Estamos sozinhos aqui?
Se não se olha para os bichos...
se não se conversa com as plantas e os bichos,
do mais pequeno voador aos sumidos desprezíveis,
os sapos, quero-quero, jequitibá, gavião pombo
e garrancho, tié fogo e preto, traíra, cará, queima-campo, raposa,
sem-fim, fogo-pagou, juriti, lagarto, embaúva, saúva,
cateto, pia-cobra, jaguatirica, saracura, lambari,
robalo, sobe-serra, tuvira, urubu, jararaca, quati,
mão-pelada, sairinha, arapuá, piolho de cobra...
e tantos outros, porque ainda estão todos aqui.

déco
Araraquara 09-08-1999
(do livro Vento Caminhador)

O homem que queria ser Deus

Sempre achar que pode fazer.
De quem é esta idéia
a inventar inventos de invenções?
Quem planta melhor que a mãe da planta?
Quem tira o sal da água salobra
até que ela se torne remanso
melhor que o caminho suave das nuvens
que deságuam em nascentes
através do colo das folhas
banhada pela fria chuva
até que de novo se tornem mar?
De quem é esta idéia que diz
que mata mais do que a própria morte,
que descobrirá a origem e o fim de tudo quanto há,
que matará e depois ressuscitará os que já morreram
assoprando-lhes soluções eletro - químicas
no momento de sua clonagem?
Para quê tantas besteiras?
Se a vida brota sem nenhum esforço de nossa parte,
que ela ultrapasse a própria vontade de viver
e a morte venha de forma digna
pois só assim podemos encontrar quem já se foi
Que as mães árvores, as grandes mães,
nunca deixem de semear suas sementes
que a semente quando estiver na terra
floresça a esperança.
Que a terra possa novamente
acolher aqueles que dela queiram participar
que as matas cresçam a ponto de romper
as cercas e fronteiras para que a onça do mato
possa correr a sua corrida de soslaio.
Que o sangue dos avós dos avós
que em nós vive possa ser ouvido
em pedido de conselho
para que nos mostre como viveu aqui
por tanto tempo
muito antes do encontro com as grandes
plantações e as imensas criações de gado
que financiam as motoserras
na ânsia de alimentar com madeira
o povo predador ávido de ganâncias.
Busquem nos berços da natureza,
onde ainda nascem sementes,
e peçam-lhes uma muda
depois espalhem-nas por toda à parte
que a vida, por si, se espalhará.
Deixe as que nascer crescer e soltar
seus frutos para que alimentem os que sentem fome.

déco
Araraquara 09-08-99

Divulgação LIVROS

Repasso a mensagem que recebi.
É MUITO IMPORTANTE PARA TODOS NÓS BRASILEIROS...
REPASSEM GENTE, POR ACREDITAR QUE

MUITOS INICIAM NOVAS ETAPAS NA VIDA E CONSTROEM
SEUS FUTUROS A PARTIR DA LEITURA DE UM LIVRO OU DE VARIOS...



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Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos,
parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de
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