A febre dos excluídos

O ferormônio do doce poder
em suas brasas vivas nas espumas
do seu mecônio.
Os escorpiões mamíferos atracam
com seu ouro negro.
O mundo mórbido eletronizado
bebem o néctar da adolescência
em seus playstations.
Os hackers invadem as memórias do sistema
com seus oxiurius.
A hemorrágica China tecnopata
em sua sonda uretral perniciosa e passiva.
Estamos entre amigos agora.
Os genomas cibernéticos com suas genéticas digitalizadas
escarlate e carmesim desolação democrática.
Os olhos de lince petrificados
sobre os caprinos monteses no cume de suas prepotências.
A justiça prende, a lei solta.
As aberradoras hienas da hipocrisia
com suas glândulas cebáceas,
a dança da cólera dos excluídos.

Renato Cavalheiro

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