apareceram hoje o lagarto e o besouro
sol
pouco
fiquei pensando o que eles pensam
ou nem
sentem o que
cade a interrogação
bicho e assim mesmo
Sete Barras
16-09-2011
UM CHÃO NO CAMINHO
Um chão no caminho
Que só pode
Por via das duvidas ser pisado
Então passes!
Tens a força do vento
E és bem melhor que a perícia dos galhos
Que se sincronizam e cantam
Em face da ação desse mesmo vento.
Deixe que as estrelas indiquem o caminho
Além do cruzeiro do sul
Enquanto uma garça branca cruza o céu
Enquanto os piralampos cintilam luzes verdes nos pastos
E aranha d água ensaia um balé na superfície entre miasmas
Enquanto ao raios claream o céu em abstratos traços
Deixe que eu te encontre na vazão da maré
E arranque do meu peito todas essas inconstâncias
Para que eu pare de me indagar
Porque mesmo tão distante
Mesmo além mar
Teus cabelos continuam esvoaçantes entre galhos
E entre folhas e flores de ipê descansadas ao chão.
Deixe tocar a musica da dor uníssona
Acorde todas os contrafortes das serras
Todas as pedras que calçam as trilhas
Avise-os que estão voltando
Não tenho mais a valentia de outrora
Mas conservo a alegria das tardes surradas de rubro
Onde o sol se punha vagarosamente passeando
sobre o penteado das árvores altas e quietas.
Julio Cesar
Que só pode
Por via das duvidas ser pisado
Então passes!
Tens a força do vento
E és bem melhor que a perícia dos galhos
Que se sincronizam e cantam
Em face da ação desse mesmo vento.
Deixe que as estrelas indiquem o caminho
Além do cruzeiro do sul
Enquanto uma garça branca cruza o céu
Enquanto os piralampos cintilam luzes verdes nos pastos
E aranha d água ensaia um balé na superfície entre miasmas
Enquanto ao raios claream o céu em abstratos traços
Deixe que eu te encontre na vazão da maré
E arranque do meu peito todas essas inconstâncias
Para que eu pare de me indagar
Porque mesmo tão distante
Mesmo além mar
Teus cabelos continuam esvoaçantes entre galhos
E entre folhas e flores de ipê descansadas ao chão.
Deixe tocar a musica da dor uníssona
Acorde todas os contrafortes das serras
Todas as pedras que calçam as trilhas
Avise-os que estão voltando
Não tenho mais a valentia de outrora
Mas conservo a alegria das tardes surradas de rubro
Onde o sol se punha vagarosamente passeando
sobre o penteado das árvores altas e quietas.
Julio Cesar
Poema musicado Pequeno homem pequeno
Video gravado em casa num sarau para amigos em junho de 2011. Letra de Marcelo Plácido, Arranjo Pr. Tarcisio. Pequeno homem pequeno Oh pequeno homem pequeno e prepotente Quando passa, não me olhas Se me olhas, não me vês Quando vês, não me enxergas Oh pequeno homem pequeno e prepotente Se achas grande Grande é nada Grandes são os Elefantes Oh pequeno homem pequeno e prepotente Saiba de uma verdade Sr. pequeno, Todos que te cercam são iguais a ti Ninguém maior do que ninguém Essa é a lei pequeno homem pequeno e prepotente Por que se esconder atrás desta parva aparência? Sua altivez é medíocre, não percebes? Ela te faz distanciar dos homens bons Cuidado!!! Cuidado pequeno homem pequeno e prepotente Cuidado!!! Quando o barro pela pá te cobrir Poderá em abundância do céu cair água Mas lágrimas não cairão Retirado do livro Porém Efervescente, Marcelo Plácido Editora; Inteligência, 2011
Microfone livre
Marcelo Plácido
A casa psiquiátrica está com seus portões abertos
Tanto pra entrar quanto pra sair
Mas não importa, estou satisfeito neste meu lugar
Este lugar fora feito justamente para os incompreendidos
Para os que vivem as inquietações humanas na sua total plenitude
Velhos carros sem freios descendo a íngreme ladeira
Eis um fiel representante da classe que vos falo
Arthur Bispo do Rosário
Vanguardista inocente
Exposição artística ambulante
Compreendo com clareza toda a sua loucura
O Senhor é meu pastor nada me faltará
Tragam-me panelas que mudarei seus sentidos
Tragam-me chinelos, fios de cobre e cadarço,
Embalagens e todos os lixos de suas casas
Tudo que é descartável e irrelevante
Tragam-me,
Tragam-me tudo,
Tragam-me que eu preciso dizer algumas coisas que me sufocam
Retirado do livro Porém Efervescente; Marcelo Plácido. Editora Inteligência 2011.
A casa psiquiátrica está com seus portões abertos
Tanto pra entrar quanto pra sair
Mas não importa, estou satisfeito neste meu lugar
Este lugar fora feito justamente para os incompreendidos
Para os que vivem as inquietações humanas na sua total plenitude
Velhos carros sem freios descendo a íngreme ladeira
Eis um fiel representante da classe que vos falo
Arthur Bispo do Rosário
Vanguardista inocente
Exposição artística ambulante
Compreendo com clareza toda a sua loucura
O Senhor é meu pastor nada me faltará
Tragam-me panelas que mudarei seus sentidos
Tragam-me chinelos, fios de cobre e cadarço,
Embalagens e todos os lixos de suas casas
Tudo que é descartável e irrelevante
Tragam-me,
Tragam-me tudo,
Tragam-me que eu preciso dizer algumas coisas que me sufocam
Retirado do livro Porém Efervescente; Marcelo Plácido. Editora Inteligência 2011.
Apenas rastros
Marcelo Plácido
Minhas fotos todas estão fora do álbum
Meus livros velhos contém marcas de café
Embaixo da cama existem meias
A luz do abajur esqueceram ligada
As roupas do cabide estão fora de ordem
As cartas de baralho estão todas jogadas
O telefone está distante do gancho
Tiraram uma folhinha do meu calendário
Debaixo do tapete há unhas cortadas
A panela de arroz se encontra no fogão
Os ursinhos e os bichinhos mudaram de armário
Há uma garrafa de whisky na sala de visitas
A vitrola toca um blues que até me agrada
Deixemos nossas malas em cima do sofá
Por sorte não nos roubaram nada
Retirado do livro Porém Efervescente; Marcelo Plácido. Editora Inteligência 2011.
Minhas fotos todas estão fora do álbum
Meus livros velhos contém marcas de café
Embaixo da cama existem meias
A luz do abajur esqueceram ligada
As roupas do cabide estão fora de ordem
As cartas de baralho estão todas jogadas
O telefone está distante do gancho
Tiraram uma folhinha do meu calendário
Debaixo do tapete há unhas cortadas
A panela de arroz se encontra no fogão
Os ursinhos e os bichinhos mudaram de armário
Há uma garrafa de whisky na sala de visitas
A vitrola toca um blues que até me agrada
Deixemos nossas malas em cima do sofá
Por sorte não nos roubaram nada
Retirado do livro Porém Efervescente; Marcelo Plácido. Editora Inteligência 2011.
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