ANO NOVO... E QUE TUDO SE REALIZE!

Já estamos no dia 3 de janeiro de 2014. Ainda é o início de mais um novo ano, porém, quando menos esperarmos, já estaremos em dezembro, comemorando outro final de ano. O tempo ruge, não urge, como diziam os antigos. O tempo passa, o tempo voa e a poupança de certo banco que mudou de nome ainda deve continuar numa boa.

A cada novo ano que se inicia fazemos muitos projetos de mudanças, e nisso parecemos acreditar com todo o ardor, mas, quando termina o ano, vemos que pouco ou nada do que planejamos saiu de fato do papel. Continuamos do mesmo jeito, sem ter efetuado em nossas vidas aquelas tão planejadas e acaloradas mudanças.

Mas analisemos bem a questão. Que tipo de mudança seria essa? Mudaríamos a nossa maneira de ser, nossas perspectivas diante do mundo, nossa opinião a respeito das coisas? Se agíssemos assim, passaríamos a ser outra pessoa, e não mais aquela pessoa que, no início do ano, planejou mudanças em sua vida. Que nem a profecia maia, nosso projeto de mudanças tem que sempre dar xabu?

Quais são nossos projetos de mudanças? Fazer exercícios para perder a indesejável barriguinha ou para reduzir o colesterol e a diabetes? Ler aqueles livros que ficam nos chamando da estante, mas que nunca temos tempo de lê-los? Abraçar aquela pessoinha com quem não simpatizamos? Dedicar mais atenção aos filhos e, por tabela, à nossa cara metade? Fazer faculdade, ou, talvez, um novo curso? Andar descalço nas ruas? Tomar banho de chuva, sem guarda-chuva? Fazer aquela viagem para tal lugar que vimos adiando há anos? Comer com as mãos num restaurante chique, sem garfos e facas, mandando às favas a etiqueta? Conversar com aquele mendigo que fica jogado, bêbado, sujo e maltrapilho na praça, que todos fingem que não existe, e ouvir a sua história de vida?...

Bem, os projetos de mudanças podem ser muitos e variados. Mas parece que nunca conseguimos colocá-los em prática. Temos a impressão de que o ano passa tão rapidamente que não dá tempo de executá-los. Agora, convenhamos: o que é o tempo senão uma convenção humana? Contudo, se é uma convenção que nós, humanos, criamos, então nós é que deveríamos ter domínio sobre o tempo, e não o contrário.

Talvez a gente não nunca consiga realizar os nossos projetos de mudanças justamente porque ficamos com essa obrigação martelando em nossas cabeças, e o que era para ser executado prazerosamente, acaba se transformando num fardo que carregamos nas costas durante todo o ano, sem vontade de torná-lo uma grata realidade.

Mas não sejamos tão pessimistas. Vamos acreditar que 2014 nos reserva a oportunidade de realizar os nossos tão acalentados projetos.

Por ROBERTO FORTES

(Publicado no JORNAL REGIONAL, nº 1.068, de 3-1-2014)



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