Vão vidas, voem!
dançávamos envolta da fogueira
jogávamos cinzas para o alto
queimávamos as palmas das mãos
e no sangue pintávamos nossos corpos.
Estávamos indo para a guerra
centenas de quilometros caminhados.
Os passos em silêncio.
nosso conselho aniquilado
estávamos nus
vestindo no íntimo a tribologia das
raças mestras.
Ìamos dançar para eles,
cantar para eles
e atacá-los com nossos sorrisos mudos,
só queríamos as nossas vidas,
o céu estava tão vermelho em gritos.
Então banharam-se com nosso sangue
derrubaram nossos corpos
derramaram os sorrisos
e mandaram a fome ir e beijar nossos filhos,
pô-los para dormir.
Éramos só uma lenda agora
uma canção lembrada pelos antigos anciões,
e o tempo chorava no rastro da águas ardentes,
Darwinismo, a cela da voz paciva
o sol das salivas uivavam sobre a paz
sem a guerra para acudí-la.
Quando o menor pensamento sorriu
o maior entendeu eu sou um rio,
a libertária ausência extraída das membranas inaptas,
O medo do medo
e desses tempos sempre nos viram
em casarões,
mansões
e palácios, quase sempre à noite.
FAZENDO O QUE?
Ainda hoje vamos dançar para eles
a degola Tasmaniana.
Renato Cavalheiro 22/02/2009
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Parabéns Renato! Que recado para quem entende.
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