Maria Joana desde que era pequena era muito criativa (apesar de ser um pouco esquecida). Mesmo sem saber ler, vivia folhando livros, e tinha um grande sonho: ser escritora. Mas para Maria, esse sonho era quase impossível de ser realizado, visto que não era incentivada nem a permitiam estudar. Sua família se preocupava mais com seu irmão mais novo, João, que freqüentava regularmente a Escola de Pedro Argila, sabia ler e escrever, era o orgulho da escola, por outro lado, Maria por ter nascido mulher, não tinha a oportunidade de ter conhecimentos a mais do que lavar louças, roupas, cozinhar, cuidar da casa e de seu irmão. Mas mesmo assim não lhe fugia sua criatividade nem seu sonho.
Aos dezessete anos, Maria Joana conheceu Pedro (que ficou “viciado” nela), um grande amigo de seu irmão, que ao conhecer sua criatividade passou a incentivá-la à arte do desenho. Ao notar sua paixão pela arte e sabendo de seu sonho, Pedro incentivava Maria a estudar e correr atrás de sua realização.
Ao completar seus estudos no Colégio Barão de Tonhonhóin, sabendo ler e escrever, pensa em realizar seu sonho, porém, percebe que desde criança, o que realmente gosta é de desenhar.
Maria, aos trinta anos, já é uma desenhista profissional, fazendo ilustrações para livros de vários escritores, inclusive, os livros de seu companheiro, o famoso Pedro Bó. Com trinta e cinco anos, Maria Joana é homenageada em Quebec, no lançamento de um livro que reúne alguns de seus desenhos, e ao observá-los, lembra de seu irmão, que passou anos de sua vida estudando e se tornou um feliz caminhoneiro. Percebe assim, que a verdadeira e mais importante busca na vida deve ser a felicidade, independente da forma que usará para encontrá-la.
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