Ciberneticultura

Raquíticos encubados
nas cápsulas bequer de acrílicos esféricas.
Eclodem nos esôfagos
seus óvulos aracnídeos.
Logo os ovíparos fervem-lhe
pelas narinas desatrofiando-se.
Momentos antecedem o rompimento brusco
dos anêmicos desfermentando os já inlucidados
e catalogados com cobaias inférteis desconectadas
dos umbigos sintéticos sobre as placas
dos memorizadores orgânicos.
E os sorrisos explodem nos rostos espedassando-os
enquanto os brilhos adormecem
sobre seus pés, avacalhando-lhes as pegadas.
E os cibernes enlarvecidos,
perfuram os cibernessuínos,
tão logo os radares monitoram manadas
ologríficas de leptospirozes bacterianas
indo aos milhares em rota de colisão
com o mar cítrico

MIracatu 1994
Renato Cavalheiro

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