Defritz Langer- os meninos na chuva

Lembro-me de nossas raças
miscigenando-se suas químicas.
quem está subindo as escadas fócimicas?
Quando os índios saiam de seus sorrisos
lançando-se em nossos braços
antropófagos sem ossos
em nossas caldeiras ambicionais.
Os anciãos conservavam a pureza
de suas raças,
senhores de seus exércitos culturais
que nos banhavam.
só queriam que os víssemos
com seus olhos da civilização gel.
Os corpos nús
longas horas frias
as câmaras pendurados
e era tão natural e tão bela sua
luz sem pulsações estremecidas.
Sua voz legista:
- Não!Eles não são nós.
Chovia muito sobre a noite,
mas a vida não estava mais ali.
A paz repousou novamente
sobre a necrópsia do tempo.
Código penal. Legítima defesa.
Artigo zero, barra, muito prazer.
já era tempo de fugir
tridimencionalmente eles não estavam em nós
suas esferas, pedras metais se ardiam
homens emparelhados aos cães
em kamikazes de rugas
em cinco dedos nas mãos atrofiados em fugas.
Apedrejados da noite

04-10-2006
Renato Cavalheiro

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