Ouvia-se ao longe os ossos se partindo
entre as presas.
Aquele cheiro preso ao escuro
sete palmos de línguas sobre toda a terra
varrendo assolações,
varrendo monturos em sete partes,
onde só o mais forte sobrevive,
quando a carne se ajoelha para adormecer,
sobre o líquido das sombras expulgadas.
Então,esta voz negativa é a que vem
lenhar nas queimadas arrastando-se
ao alto, buscando as origens,
buscando repouso de seus crimes ácidos,
e a qual jáz vencida
busca pastagem sobre a vermelhidão.
Os olhares defumados,
encortiçados sobre os ventos de anomalia
em seus momentos píscicos em busca da força mosca
quando o interruptor lucidez
não responde mais aos estímulos.
Em uma exatidão se faz,
quando surge em si, cavernas em convulsões siderais,
esmurrando e comprimindo:
Hora de caçar para comer!
Corpos em deformações metrópoles
fuzilados de fúrias rompantes
quando amanhecer sobre a insuficiência.
O alimento X
Renato Cavalheiro
27/11/06
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