PARA O MESTRE OSVALDO MATSUDA
COMPLETAR O ESPAÇO QUE ME FALTA
E FALTAR COM AS HASTES QUE ME VAZAM
ME CURVAREI SOB OS PÉS COM LÁPIS-DE-COR
QUE FRENETICAMENTE SERÃO ESTRELAS,
E ASSIM CAIRÃO SOBRE ELES
OUSAREI RESTAURAR O CINTILAR DESSES OLHARES
E AQUARELECIDO ESTARÁS TUDO ONDE POUSARES,
INIBIR TODO O FOSCO,
OPACO TRAREI A TONA ENTRE REFLEXOS MÚLTIPLOS
COLORAÇÕES FOSFORESCENTES,
EXPLODINDO DE TODO ÍNTIMO INCANDESCENTE.
E SOBRE TODA A FACE PRANTOS PIGMENTADOS
DE CORE ENTRE CORES, E AOS QUE ENCLAUSURAREM AS CORES SOBRE UMA TELA
E AS LIMITAR ENTRE MOLDURAS E REDOMAS DE VIDROS
DEIXANDO-AS PRISIONEIRAS,
"REPRISAS" ETERNAS,
ALMEJANDO SEREM ARREMESSADAS AO INFINITO RUBRO
PAIRANDO DESFORMES SOBRE O HORIZONTE,
TAL QUAL ESPECTROS DESGOVERNADOS.
LANÇAM CORES E MAIS CORES
INDENINDO A ÓTICA PERMANENTE
E O DESESPERO PESANDO SOBRE MIM
AO EXACERBADO BANHO DE CORES
INFINITAMENTE DESCONHECIDAS AOS OLHOS MEUS!
AGORA, APÓS O CONFRONTE ENTRE CHUVA E SOL
MILHÕES DE ARCO-ÍRIS ROMPEM SUAS BASES E COLOREM O CÉU
DEPOIS EM MOVIMENTOS CHOCAM-SE EM EXPLOSÕES
SOBRE UM MANTO FRIO, APATECIDO
E DA TEMPESTADE CHOVIAM PÉTALAS
CRISTALIZADAS EM INFINITAS CORES.
RENATO RODRIGUES CAVAHEIRO E JULIO CESAR COSTA -1994
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