Oráculo

Um ângulo da luz
contacto superficial
partículas de fugas em êxtase
se fundem em seus elementos únicos
não existem caminhos para a noite, que voltem.
Foram atados os molhos
de rostos em dias detritados,
mascados, decepados das raças
nos umbrais da escuridão.
A cúpula de coliformes em cápsulas
em natura matriguais.
Contato de oceanos em chamas
dos arremessados de abalos sísmicos noturnos.
Os habitantes selvagens tigres de fogo
em lágrimas de vidas de vidros.
Eras negras dos Xamãs em alfa.
O fundo frio da taça étnica atrás
das paredes humanas.
Velozes esfínges em fúrias vertes de
incompreensão da vida.
Um só diamante.
Um sol de amantes.
O centro muscular do ódio de cabeças
incandescidas em olivas da proliferação
das chagas genocidas.
Asas vivas da mutação linguística.
À frente, os calados que vão entre nós.
Que vão em trenós.
Vozes devoradas dos queimados
em habitações de soluços dos jazigos Euroasiáticos.

Renato Cavalheiro
19-09-06


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