Galinha d'Angola

Quisera eu que estivesse comigo agora.
Que atacasse a minha dispensa, engodasse e me deixasse magro.
Que as minhas contas de luz viessem altas novamente.
Que o meu sabão em pó não durasse mais por um mês.
Que os meus edredons precisassem ser lavados a todo dia.
Que eu te visse sorrir na rua novamente.
Que eu te comprasse guloseimas pra comer.
Que respirasse o mesmo o que você.
Se eu soubesse que um dia estaria sem você,
Jamais teria brigado por as vezes me comprometer.
Das profundas imagens do coração, somente uma figura ressurge:
Assim como a Fenix das cinzas,
Você ressurge no meu coração.
Ah Galinha porquê me deixastes?
Chorando as mágoas do meu coração?
Que eu deixasse de ser chato.
Que eu deixasse de ser grosso.
Que eu te amasse lentamente,
Para que o tempo não mais terminasse.
Que eu risse a todo instante,
Como um menino infante a te elogiar.
Que eu ficasse magrinho.
Que eu estivesse sem diheiro.
Que eu não mais chorasse.
Que eu não mais sofresse.
Que eu só rezasse!
Para agradecê-lo por todas as vezes que me fizeste amar,
Saudade é o que deixastes no meu coração.
Lembranças é o que deixaste na minha memória.
Mágoas é o que não deixastes e
Felicidade é o que sempre deixarás.
Assim como tudo começa, termina;
Não estou terminando nada.
Apenas estou pondo reticências...
Para que as linhas jamais se acabem.
L.V.D.L- Julho 2007

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