Tua boca resume-se ao céu
distanciando-se de mim
como todos os astrso boreais,
tua fala me é somente angustia
na tua primevera devoro flores
ignorando fragrâncias e sutilezas.
E quanto sinto-te na hora fria da manhã
bebo teu néctar
ao café preto de desjejum.
Na noite sonâmbulo
procuro teu corpo
na esperança que apazigues meus devaneios,
sendo apenas sombra sob a luz reflexiva.
JULIO CESAR COSTA
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