Avenida Georg Bush em Bagdá
Fale-me para sempre, maçã terra
eu te vi numa prisão em silêncio
de sua liberdade,
mais uma noite de caça
a nossa raça.
Noite queimada em febre
o medo, um satélite ao redor do homem,
o mundo moído em sua voz...
sobre cavalo do pó, cavados em pó...
uma noite sem existir
o franco atirador, produto bruto
noite águia para sempre,
Filhos do erro urbano
urinados
menino cinzento
monstro de lama, olhos de fogo
bolemia de ânsia em lágrimas
sólidas ameaças. O beijo digital da morte
a noite alagados de sonhos
amontoados em sorrisos
agarrados à garganta e à glote,
cavidade de matéria
mergulhadas na escuridão,
toda voz amanhecida
em um edílio bárbaro.
O mundo acabou ontem! e foi tão belo
em todo seu mergulho fórcepts
um pedaço de seu rosto preso
ao sapato rompido em grito
sem conselhos, sem soluços
corpos descansados
covas, carnes, terra santa!
o ventre rompido em distância
A vida
coisa alguma se fez para esculpí-la!
coisa alguma!
chamas eternas em Gaza
o beijo derretido
ele é o baleado
a dor esculpida.
Renato Rodrigues Cavalheiro
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"FAIXA DE GAZA" define e denuncia um Holocausto permanente : entre as metáforas as "chamas eternas em Gaza". Danúbio Fialho (autor de "arvoredo").
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