O meu mar é azul
Quando estou feliz!
Podes crer, nada presta
Se a tristeza me estressa...
O meu mar é azul
Quando estou bem!
Podes crê, tudo escurece,
Se não estou bem comigo.
O meu céu é aqui,
No alto de minha alma,
Podes crê, é assim,
Se eu deixar acontecer.
Depende do momento,
Como estou no momento,
Aqui dentro do peito,
Meu pequeno mundo.
Com meu alto,
Com meu baixo,
Sou um ser!
Sou você.
ANTOLOGIA POÉTICA DE ESCRITORES DO VALE DO RIBEIRA
1)Da Participação- poderão participar da antologia poética toda pessoa física residente na região do Vale do Ribeira, maiores de 18 anos.
2) O objetivo da Antologia Poética de escritores do Vale do Ribeira é registrar em livro impresso o momento atual
da literatura do Vale do Ribeira.
3)Cada participante deverá enviar 4 poemas com no máximo 50 linhas em formato A4 , corpo 12, arial entregues em formato digital( e mail)
4) O tema será livre , e não serão aceitos textos que:
*Possam causar danos a terceiros seja através de difamação, injúria ou calúnia, danos morais,
* Contenham dados ou informações racistas ou discriminatórias
* Tenham a intenção de divulgar produtos ou serviços alheios aos objetivos da antologia.
*Façam propaganda eleitoral ou divulguem posição favorável ou contrária a partidos ou candidatos.
5) Não haverá qualquer ônus aos autores, todos os custos serão de responsabilidade da organização da antologia.
6) É de responsabilidade do autor a veracidade dos trabalhos no que diz respeito a plágio.
7) Cada autor receberá 5 exemplares, aqueles que se interessarem por um número maior deverão comunicar a
Comissão organizadora da antologia.
8-) Os textos deverão ser enviados até o dia 15 de Junho de 2010 para o email literatododovale@gmail.com
Junto aos textos deverão ser entregues minibiografia:
*Nome-
*nasc-
*Cidade
*fone contato-
* e mail-
*foto digital ¾.-
9) A participação nesta Antologia implica na aceitação total e irrestrita de todos os itens do regulamento.
esses
Esses conflitos estão estressantes
vemos mundos de outros prismas
do'que os velhos mundos
dos nossos pais
Temos sonhos mais audazes
vemos armas mais letais
que vem
nos injetar
salivas moréis
Europeus, Deus, Deus dos seus.
Britânicos! Britânicos!
Torre de Meggdélim, Eifel.
Torre de Megdélim, Eifel.
Europeus, Deus, Deus dos seus
Britânicos. Britânicos.
vemos mundos de outros prismas
do'que os velhos mundos
dos nossos pais
Temos sonhos mais audazes
vemos armas mais letais
que vem
nos injetar
salivas moréis
Europeus, Deus, Deus dos seus.
Britânicos! Britânicos!
Torre de Meggdélim, Eifel.
Torre de Megdélim, Eifel.
Europeus, Deus, Deus dos seus
Britânicos. Britânicos.
Preto Véio
Preto véio chorô, chorô
No dia que a reiada
Em sua porta
Cantô
Sentado no alpendre
Enxerga seu sertão
Abóia seu rebanho
De formigas pelo chão.
Preto véio chorô, chorô
No dia que a congada
Em sua porta
Dançô
Preto véio chorô, chorô
No dia que a reiada
Em sua porta
Cantô
Sentado no alpendre
Enxerga o milharal
Abóia seu rebanho
De formigas no quintal
Preto véio choro, chorô
No dia que a bandeira
Do divino
Passô
E chama os menino
Mal podendo andá
Apanha um cepilho
Pra mordê cavocá
Um toco de caxeta
Seu sonho é ensiná
O ofício aos menino
De uma viola tocá.
Julio C Costa
No dia que a reiada
Em sua porta
Cantô
Sentado no alpendre
Enxerga seu sertão
Abóia seu rebanho
De formigas pelo chão.
Preto véio chorô, chorô
No dia que a congada
Em sua porta
Dançô
Preto véio chorô, chorô
No dia que a reiada
Em sua porta
Cantô
Sentado no alpendre
Enxerga o milharal
Abóia seu rebanho
De formigas no quintal
Preto véio choro, chorô
No dia que a bandeira
Do divino
Passô
E chama os menino
Mal podendo andá
Apanha um cepilho
Pra mordê cavocá
Um toco de caxeta
Seu sonho é ensiná
O ofício aos menino
De uma viola tocá.
Julio C Costa
JARAÇATIÁ
Chuvinha miúda na boquinha da tarde
Chuviscando a tarde parecia mais triste
em sua alegria de chuva.
Barulhos de gotas chovidas no telhado de telha francesa
Casa de parede e meia.
- Dona Oróra, me corta a íngua?
- Deixa a marca do pé da íngua na cinza quente...
- O que qui’eu corto?
- Íngua!
- O que qui’eu corto ?
- Íngua!
- O que qui’eu corto?
- Íngua!
Chuva miudinha.
Casa com a luz da tarde
chuviscada.
Barulhos de água de poço no tanque:
Dona Tunica
-Êh mãe –
lavando roupa.
Som mugido de bizerrinho novo
água corrente de corguinho cheio
e o barulho das folhas escorrendo água.
A tarde grita o canto do Sem-Fim
que corta a minha alma de menino nadadô de rio
com um caminhar de vacas pisando água ...
e o bizerrinho Móóónn como se tivesse
chamando a mãe com um canto assim...
...assim igual a tarde chuviscada
chuva miudinha...
(do livro"Vento Caminhador")
déco - Araraquara 12-05-99
Chuviscando a tarde parecia mais triste
em sua alegria de chuva.
Barulhos de gotas chovidas no telhado de telha francesa
Casa de parede e meia.
- Dona Oróra, me corta a íngua?
- Deixa a marca do pé da íngua na cinza quente...
- O que qui’eu corto?
- Íngua!
- O que qui’eu corto ?
- Íngua!
- O que qui’eu corto?
- Íngua!
Chuva miudinha.
Casa com a luz da tarde
chuviscada.
Barulhos de água de poço no tanque:
Dona Tunica
-Êh mãe –
lavando roupa.
Som mugido de bizerrinho novo
água corrente de corguinho cheio
e o barulho das folhas escorrendo água.
A tarde grita o canto do Sem-Fim
que corta a minha alma de menino nadadô de rio
com um caminhar de vacas pisando água ...
e o bizerrinho Móóónn como se tivesse
chamando a mãe com um canto assim...
...assim igual a tarde chuviscada
chuva miudinha...
(do livro"Vento Caminhador")
déco - Araraquara 12-05-99
Miracatu
o que te lembra é o que é vivido.
Incrustada no meio das montanhas,
bebendo as águas das minas,
escutando os gritos dos micos
na rua que sobe o morro
do outro lado da pista
perto da entrada da caixa d’água.
Noites de neblinas que botam a lua na sua cor
de gema amarela na rua do Faú à noite,
ali perto da Fazenda Rosária
em meio àquele sereninho frio
da madrugada de inverno,
que todo mundo lá conhece.
Miracatu , o que te lembra é o amor.
Amor dos jovens à procura.
Piscinas azuis e corpos.
A necessidade de ir ao Som.
Som de vaga-lumes cintilantes
na descida do morro.
Som de panela fervendo
com a feijoada na casa do Julhão:
-Traiz a caipirinha aí.
Aguardente de cana e limão.
Marimbondo da Paraíba
(essa pura...tempo da casa do norte).
Êh, Julhão, o tempo, irmão.
Nestor. Ah, se não fosse o boldo.
Miracatu o que te lembra são as brincadeiras
brincadeiras do tempo
bebida à noite pelos bares a fora.
Miracatu à noite quase é bar.
Farmácia, mistura, segredos.
Ê bebida brava.
Água e som.
Brincadeira de criança. Nóis lá do morrão...
quase tudo mineiro. Índio mineiro.
Uai, porque mineiro pobre se não é branco
quase tudo tem sangue de índio e de negro.
Né não ÍO ?
se te perguntarem de quem cê é filho,
você é filho do seu pai,da sua mãe
você é filho da terra
O que valia era a ida e a vinda
e o próprio sentir.
(do livro "Vento Caminhador")
déco - Araraquara 27-04-99
Incrustada no meio das montanhas,
bebendo as águas das minas,
escutando os gritos dos micos
na rua que sobe o morro
do outro lado da pista
perto da entrada da caixa d’água.
Noites de neblinas que botam a lua na sua cor
de gema amarela na rua do Faú à noite,
ali perto da Fazenda Rosária
em meio àquele sereninho frio
da madrugada de inverno,
que todo mundo lá conhece.
Miracatu , o que te lembra é o amor.
Amor dos jovens à procura.
Piscinas azuis e corpos.
A necessidade de ir ao Som.
Som de vaga-lumes cintilantes
na descida do morro.
Som de panela fervendo
com a feijoada na casa do Julhão:
-Traiz a caipirinha aí.
Aguardente de cana e limão.
Marimbondo da Paraíba
(essa pura...tempo da casa do norte).
Êh, Julhão, o tempo, irmão.
Nestor. Ah, se não fosse o boldo.
Miracatu o que te lembra são as brincadeiras
brincadeiras do tempo
bebida à noite pelos bares a fora.
Miracatu à noite quase é bar.
Farmácia, mistura, segredos.
Ê bebida brava.
Água e som.
Brincadeira de criança. Nóis lá do morrão...
quase tudo mineiro. Índio mineiro.
Uai, porque mineiro pobre se não é branco
quase tudo tem sangue de índio e de negro.
Né não ÍO ?
se te perguntarem de quem cê é filho,
você é filho do seu pai,da sua mãe
você é filho da terra
O que valia era a ida e a vinda
e o próprio sentir.
(do livro "Vento Caminhador")
déco - Araraquara 27-04-99
Nefastas mãos dos carrascos
nefastas mãos dos carrascos
retiraram sem dúvidas, vidas
Mefisto, um mago maldito,malquisto
na cram dos imundos
flechas com tentáculos de fato
crepúsculo de ira, nitratos de sórdidos
nefastas estirpes dos deuses das cores escuras
e a química da alma em taças sobre o licor
mas pela prostituta que o pariu
pelo útero que lhe assumiu e não o expeliu em contrações
gerou um feto em mutação
conviveu com a ferida hemorrágica no ventre
mirou-se na mente de seu reflexo recente
e agonizou pela floresta de árvores carnívoras de flores podres
mas de aromas cauterizante
e as centenárias feridas de plástico
expelíam insetos viscosos sobre sua existência
mas já não dói tanto a tristeza do cântico
já não encanta a lembrança do corpo
irás rir, chorar e rezar por nós.
Renato Cavalheiro
retiraram sem dúvidas, vidas
Mefisto, um mago maldito,malquisto
na cram dos imundos
flechas com tentáculos de fato
crepúsculo de ira, nitratos de sórdidos
nefastas estirpes dos deuses das cores escuras
e a química da alma em taças sobre o licor
mas pela prostituta que o pariu
pelo útero que lhe assumiu e não o expeliu em contrações
gerou um feto em mutação
conviveu com a ferida hemorrágica no ventre
mirou-se na mente de seu reflexo recente
e agonizou pela floresta de árvores carnívoras de flores podres
mas de aromas cauterizante
e as centenárias feridas de plástico
expelíam insetos viscosos sobre sua existência
mas já não dói tanto a tristeza do cântico
já não encanta a lembrança do corpo
irás rir, chorar e rezar por nós.
Renato Cavalheiro
Máquina do tempo
Sou o relógio que volta no tempo,
Sou a máquina do tempo me levando ao futuro,
Sou o raio de sol iluminando o escuro,
Sou a saudade do agora nas asas do vento.
Sou a extrema quietude da rocha na montanha,
Sou a rica melodia do pássaro na floresta,
Sou o auge da alegria do dono da festa,
Sou o sangue na pele do escravo que apanha.
Sou a força que movimenta o corpo,
No fim desse corpo eu ainda continuo sendo,
Renasço das cinzas e continuo vivendo...
Eu sou o silêncio do riso gritado,
Eu sou o grito do gesto falado,
Continuarei vivendo depois de morto.
A poesia é a eternidade do poeta,
Quando o poeta cita um verso que presta!!!
Sou a máquina do tempo me levando ao futuro,
Sou o raio de sol iluminando o escuro,
Sou a saudade do agora nas asas do vento.
Sou a extrema quietude da rocha na montanha,
Sou a rica melodia do pássaro na floresta,
Sou o auge da alegria do dono da festa,
Sou o sangue na pele do escravo que apanha.
Sou a força que movimenta o corpo,
No fim desse corpo eu ainda continuo sendo,
Renasço das cinzas e continuo vivendo...
Eu sou o silêncio do riso gritado,
Eu sou o grito do gesto falado,
Continuarei vivendo depois de morto.
A poesia é a eternidade do poeta,
Quando o poeta cita um verso que presta!!!
Ao som de uma doce oração
Um dia vaguei no mundo, com a cabeça perdida,
Perambulando pelas sombras como um ébrio errante,
A paixão envolveu-me todo naquele instante,
Esqueci se era ela ou eu a minha vida!!!
Lutei comigo noites seguidas num duelo beira mar,
Com o escudo do tempo, aparei os golpes da loucura,
E a ternura de um amor insano esqueceu-se na candura,
Que envolveu a mente de quem ousou amar!!!
Sobrevivi as batidas exaltadas do meu coração,
Sobrevivi como eu fosse bom espadachim,
Sobrevivi na semente que não me deu fim...
Cada um é criança sem idade definida,
A reluzir uma ilusão renitente e suicida,
Ao som cambaleante de uma doce oração.
Amor, o que é o amor? Quando o destino,
Traça metas a direcionar pobre menino!!!!
Perambulando pelas sombras como um ébrio errante,
A paixão envolveu-me todo naquele instante,
Esqueci se era ela ou eu a minha vida!!!
Lutei comigo noites seguidas num duelo beira mar,
Com o escudo do tempo, aparei os golpes da loucura,
E a ternura de um amor insano esqueceu-se na candura,
Que envolveu a mente de quem ousou amar!!!
Sobrevivi as batidas exaltadas do meu coração,
Sobrevivi como eu fosse bom espadachim,
Sobrevivi na semente que não me deu fim...
Cada um é criança sem idade definida,
A reluzir uma ilusão renitente e suicida,
Ao som cambaleante de uma doce oração.
Amor, o que é o amor? Quando o destino,
Traça metas a direcionar pobre menino!!!!
MINI BIOGRAFIA de LAZARO NASCIMENTO
Lazaro Noé do Nascimento nasceu em Rio Casca, no Estado de Minas Gerais, em 1972. Em 1973, foi morar em Santo Antônio do Grama/MG, onde contraiu a poliomielite, que lhe deixou uma sequela na perna direita, obrigando-o a usar um par de muletas.
Foi nesta mesma cidade, Santo Antônio do Grama, que o poeta estudou o Ensino Fundamental.
Começou a escrever os seus primeiros versos, aos 10 anos, aproximadamente, vindo a publicar no mural da escola onde estudava, em seguida, incentivado pela sua professora de literatura, poetisa, compositora e cantora Marília Abduani, iniciou suas publicações nos jornais da região, Ponte Nova/MG e Rio Casca/MG.
Mudou-se para São Paulo, aos 19 anos de idade, onde publicou o seu primeiro livro, intitulado A PRESENÇA DE DEUS, Editado pela João Scortecci Editora, em 1993.
O poeta, reside no Vale do Ribeira, desde o ano 2000 e nunca abandonou o sonho de novas publicações. Participou da "1ª Mostra Cultural de Pariquera-Acú", em 2005, expondo alguns livros. Lutando sempre, distribuiu pessoalmente, vários poemas, encadernados por ele mesmo, artesanalmente, como oportunidade de várias pessoas poderem ter acesso aos seus escritos, através de Títulos como: "Viagem Entre Ais e Risos", "Coração Distante", "Além do Silêncio", "Profecia do Amanhã","Mandala Colorida", "Algumas Palavras", entre outros títulos.
Em 2009, participou da Expovale, em Registro/SP, maior festa de Arte e Cultura do Vale do Ribeira.
Participou no 1º Encontro Literário Regional, ocorrido no dia 31 de Outubro de 2009, no kkkk, em Registro, onde se encontraram escritores, poetas e jornalistas do Vale do Ribeira/SP, onde conversaram sobre a publicação de uma coletânea de autores do Vale do Ribeira para a Bienal-2010.
Suas publicações, podem ser acessadas no site dos poetas do Vale do ribeira, www.literatodovale.blogspot.com.
Contatos com o autor, podem ser feitos via e-mail: lazaro.nascimento3@gmail.com.
UMA HOMENAGEM A TODAS AS MÃES
Mãe,
Não existem palavras,
Para definir o que você representa,
Nem formas explicáveis para representar
Qualquer gratidão pela sua existência...
Mãe,
Você é luz que acende em nós,
Antes mesmo da nossa existência,
Você é o sol a iluminar nossas vidas...
Suas orientações são guarida de nossos corações,
Suas palavras sempre são o melhor caminho,
Seus conselhos sempre são os mais certos,
Sem você, mãe, eu seria apenas uma criança,
Perdido no deserto.
Mãe,
O que seria de mim, sem você por perto?
Você é a maior emoção que me aconteceu,
Antes mesmo que eu existisse...
Você é o tudo a fazer de mim alguma coisa,
Sem você eu não seria nada,
Eu nem existiria!!!
Obrigado, mãe!!!
Parabéns pelo seu dia!
Eu te amo!!!
Não existem palavras,
Para definir o que você representa,
Nem formas explicáveis para representar
Qualquer gratidão pela sua existência...
Mãe,
Você é luz que acende em nós,
Antes mesmo da nossa existência,
Você é o sol a iluminar nossas vidas...
Suas orientações são guarida de nossos corações,
Suas palavras sempre são o melhor caminho,
Seus conselhos sempre são os mais certos,
Sem você, mãe, eu seria apenas uma criança,
Perdido no deserto.
Mãe,
O que seria de mim, sem você por perto?
Você é a maior emoção que me aconteceu,
Antes mesmo que eu existisse...
Você é o tudo a fazer de mim alguma coisa,
Sem você eu não seria nada,
Eu nem existiria!!!
Obrigado, mãe!!!
Parabéns pelo seu dia!
Eu te amo!!!
PAPAI, MAMÃE E AS CRIANÇAS
São seres inocentes que vivem entre nós.
São apenas crianças, pedaço de gente tão cheia de amor
Que riem e que choram; sorrisos inocentes, são nossos nenéns, são nossos semelhantes.
Olhando para eles eu me sinto criança, fecho os meus olhos e volto ao tempo.
A casa de taipa, mamãe e papai, noite de lua cheia, no terreiro da velha casa, ovelhas no aprisco abrigava.
Mamãe e papai papeavam com as comadres da redondeza.
E no clarão da Lua as crianças brincavam, cantavam e não se cansavam.
Enquanto na varanda deitado em uma rede o meu vovô cansado serenamente dormitava.
E na cozinha junto ao fogão de lenha, vovó as vezes assobiava, outras vezes cantava, enquanto o café preparava.
Já tarde da noite as comadres se retiravam e no terreiro da casa majestosa lua brilhava.
Abro os olhos, acordo, em um mundo diferente, com crianças diferentes, não vejo papai nem mamãe.
E vovó e meus irmãos, por onde andarão?
Cada um deve estar em um mundo diferente, com pessoas diferentes.
Mas tenho certeza, qualquer que seja o lugar, sempre haverá uma criança inocente.
São apenas crianças, pedaço de gente tão cheia de amor
Que riem e que choram; sorrisos inocentes, são nossos nenéns, são nossos semelhantes.
Olhando para eles eu me sinto criança, fecho os meus olhos e volto ao tempo.
A casa de taipa, mamãe e papai, noite de lua cheia, no terreiro da velha casa, ovelhas no aprisco abrigava.
Mamãe e papai papeavam com as comadres da redondeza.
E no clarão da Lua as crianças brincavam, cantavam e não se cansavam.
Enquanto na varanda deitado em uma rede o meu vovô cansado serenamente dormitava.
E na cozinha junto ao fogão de lenha, vovó as vezes assobiava, outras vezes cantava, enquanto o café preparava.
Já tarde da noite as comadres se retiravam e no terreiro da casa majestosa lua brilhava.
Abro os olhos, acordo, em um mundo diferente, com crianças diferentes, não vejo papai nem mamãe.
E vovó e meus irmãos, por onde andarão?
Cada um deve estar em um mundo diferente, com pessoas diferentes.
Mas tenho certeza, qualquer que seja o lugar, sempre haverá uma criança inocente.
FESTIVAL DA PASSARADA
Se eu fosse Beija –Flor
Voaria nesta hora
Pousaria bem no ombro
Do Zé Pedro e da Delora
Como eu não posso voar
Fecho os olhos e fico a sonhar
Vejo rios, vejo florestas
Contemplando a Natureza
Vejo campos florescendo
Coberto de borboletas de várias cores
Acariciando-se com seu gostoso ruído os beija-flores
Sabiá cantarolando querendo me consolar
Um casal de corruíra querendo me agradar
Pássaro Preto foi chegando
Bonito-Lindo também
O tucano deu ar de graça, em seguida o grande
João Velho de penacho amarelo
Foram tantos os pássaros que vieram
Os nomes, não posso me lembrar,
Vieram até o Curió e a Lavandeira
E o Tiê foi pegando na viola
Fizeram uma homenagem para a doce
Delora e ao grande Zé
Voaria nesta hora
Pousaria bem no ombro
Do Zé Pedro e da Delora
Como eu não posso voar
Fecho os olhos e fico a sonhar
Vejo rios, vejo florestas
Contemplando a Natureza
Vejo campos florescendo
Coberto de borboletas de várias cores
Acariciando-se com seu gostoso ruído os beija-flores
Sabiá cantarolando querendo me consolar
Um casal de corruíra querendo me agradar
Pássaro Preto foi chegando
Bonito-Lindo também
O tucano deu ar de graça, em seguida o grande
João Velho de penacho amarelo
Foram tantos os pássaros que vieram
Os nomes, não posso me lembrar,
Vieram até o Curió e a Lavandeira
E o Tiê foi pegando na viola
Fizeram uma homenagem para a doce
Delora e ao grande Zé
MINHA QUERIDA SETE BARRAS
És linda por natureza, exala o seu perfume
Oriundo das matas, rios e cachoeiras.
Minha querida cidade aos poucos nos cativa
Pois és muito hospitaleira.
Tuas montanhas circundantes que inebriam os visitantes
Desde os humildes aos doutos.
Minha mestra, minha amiga, foi aqui que renasci
Agradeço a natureza que com o seu manto verde de nobreza,
Faz sonhar os poetas que descrevem tua beleza.
As margens do grande rio, fico horas a meditar,
Quantas vidas já passaram por aqui
E você os recebera a todos de braços abertos.
Quem quiser conhecer Deus é só comparecer
Ao anoitecer as margens do grande Ribeira.
Vejam como as andorinhas com seus cantos e malabarismo,
Com gestos e cortesia vêm saudar os visitantes.
Sem falar das garças, aos passarinhos que nos conquistam
De mansinho, desde o idoso ao menino.
Sou muito grata a ti, por me ensinar e, por muito que aprendi
Receba um grande abraço mestra hospitaleira,
Minha querida SETE BARRAS grande dama do Vale do Ribeira.
Oriundo das matas, rios e cachoeiras.
Minha querida cidade aos poucos nos cativa
Pois és muito hospitaleira.
Tuas montanhas circundantes que inebriam os visitantes
Desde os humildes aos doutos.
Minha mestra, minha amiga, foi aqui que renasci
Agradeço a natureza que com o seu manto verde de nobreza,
Faz sonhar os poetas que descrevem tua beleza.
As margens do grande rio, fico horas a meditar,
Quantas vidas já passaram por aqui
E você os recebera a todos de braços abertos.
Quem quiser conhecer Deus é só comparecer
Ao anoitecer as margens do grande Ribeira.
Vejam como as andorinhas com seus cantos e malabarismo,
Com gestos e cortesia vêm saudar os visitantes.
Sem falar das garças, aos passarinhos que nos conquistam
De mansinho, desde o idoso ao menino.
Sou muito grata a ti, por me ensinar e, por muito que aprendi
Receba um grande abraço mestra hospitaleira,
Minha querida SETE BARRAS grande dama do Vale do Ribeira.
MEU AMIGO SABIÁ
Eu componho pra ti,
Oh meu querido sabiá, temos muito em comum.
Eu aqui e você lá, meu querido sabiá.
Nesse grande universo vivo a analisar: existe tanta beleza basta o homem conservar.
Olha o verde das matas, o ouro do sol, a lua inspiradora que nos convida a amar.
Teu maravilhoso cantar, meu velho amigo, ouço e fico a pensar:
Como pode o ser humano te engaiolar.
Já pensou, meu velho amigo, se um dia tudo mudar!
O homem viver num cativeiro, e sua majestade em seu lugar.
Rios, cachoeiras cantam para ti uma linda serenata.
E o céu todo estrelado clareando nossas matas
E nossas matas perfumando os seus ninhos, em homenagem ao grande seresteiro.
Aqui, deixo um abraço amigo,
Ao generoso passarinho, sua majestade o sabiá, o rei dos gorjeios.
Oh meu querido sabiá, temos muito em comum.
Eu aqui e você lá, meu querido sabiá.
Nesse grande universo vivo a analisar: existe tanta beleza basta o homem conservar.
Olha o verde das matas, o ouro do sol, a lua inspiradora que nos convida a amar.
Teu maravilhoso cantar, meu velho amigo, ouço e fico a pensar:
Como pode o ser humano te engaiolar.
Já pensou, meu velho amigo, se um dia tudo mudar!
O homem viver num cativeiro, e sua majestade em seu lugar.
Rios, cachoeiras cantam para ti uma linda serenata.
E o céu todo estrelado clareando nossas matas
E nossas matas perfumando os seus ninhos, em homenagem ao grande seresteiro.
Aqui, deixo um abraço amigo,
Ao generoso passarinho, sua majestade o sabiá, o rei dos gorjeios.
GOSTARIA DE ME ENCONTRAR
Gostaria de me encontrar
Quem me viu por aí?
Fale que eu estou me procurando
Não me vejo faz algum tempo
Quem me encontrar, devolva-me urgente
Juntamente com os meus pertences
Com o meu sorriso feliz, com saúde perfeita
Cantarolando como os pássaros
Contemplando a natureza feliz
Como o brilho do sol que beija a flor
Como a beleza da lua que brilha
Nas noites de lua cheia
Como a chuva que cai sobre a terra
Como a semente que brota na floresta
Como a cachoeira que chora no chão
Não de dor, mas de alegria
Se você me encontrar,
Devolva-me no mesmo dia.
Quem me viu por aí?
Fale que eu estou me procurando
Não me vejo faz algum tempo
Quem me encontrar, devolva-me urgente
Juntamente com os meus pertences
Com o meu sorriso feliz, com saúde perfeita
Cantarolando como os pássaros
Contemplando a natureza feliz
Como o brilho do sol que beija a flor
Como a beleza da lua que brilha
Nas noites de lua cheia
Como a chuva que cai sobre a terra
Como a semente que brota na floresta
Como a cachoeira que chora no chão
Não de dor, mas de alegria
Se você me encontrar,
Devolva-me no mesmo dia.
A PROCURA
Volto a te perguntar de novo
Porque não me encontro mais?
Procurei-me por toda parte
Mas não encontrei nem meus rastros
Minha vida se confunde entre o povo e a Natureza
Entre as coisas belas da Natureza
Entre as coisas belas da vida.
Entre o riso e a tristeza
Entre o sítio e a cidade eu procuro me encontrar,
Não encontro incentivo para de novo me encontrar,
Continuo procurando sorrir com sinceridade
Quando procuro cantar o meu canto é de infinita saudade,
O meu cantar é tão triste que eu não posso prosseguir mais,
Lágrimas lavam meu rosto como rios e cachoeiras,
Como o cantar do assum-preto.
Mas continuo procurando-me entre o sítio e a cidade
Entre o riso e a tristeza.
Entre os rios e as cachoeiras no meio da passarada.
Perguntei para o lindo rio se ali me viu passar.
Ele então respondeu: - volta para tuas raízes
Talvez volte a te encontrar.
A Natureza que te ama, a mata que te consola,
Os gansos sempre te chamam, o galo, a galinha
E até mesmo a galinha angola.
Se tu queres te encontrar? Volta as tuas raízes agora.
Porque não me encontro mais?
Procurei-me por toda parte
Mas não encontrei nem meus rastros
Minha vida se confunde entre o povo e a Natureza
Entre as coisas belas da Natureza
Entre as coisas belas da vida.
Entre o riso e a tristeza
Entre o sítio e a cidade eu procuro me encontrar,
Não encontro incentivo para de novo me encontrar,
Continuo procurando sorrir com sinceridade
Quando procuro cantar o meu canto é de infinita saudade,
O meu cantar é tão triste que eu não posso prosseguir mais,
Lágrimas lavam meu rosto como rios e cachoeiras,
Como o cantar do assum-preto.
Mas continuo procurando-me entre o sítio e a cidade
Entre o riso e a tristeza.
Entre os rios e as cachoeiras no meio da passarada.
Perguntei para o lindo rio se ali me viu passar.
Ele então respondeu: - volta para tuas raízes
Talvez volte a te encontrar.
A Natureza que te ama, a mata que te consola,
Os gansos sempre te chamam, o galo, a galinha
E até mesmo a galinha angola.
Se tu queres te encontrar? Volta as tuas raízes agora.
HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Bravas Mulheres, bravas Senhoras que trabalham,
Incansáveis, não tem dia nem hora.
Nascidas do povo ou da burguesia,
Trabalham e lutam para manter a família.
Mulheres da cidade, do campo ou da periferia,
Por não saber o seu nome, lhe chamo de Maria.
Maria João, ou Maria José, com garra conquista o mundo mulher.
Mulher brasileira, mulher estrangeira,
Demonstra dia após dia, teu sangue guerreiro.
No palco da vida, representa vários papéis,
Passo a passo, conquista e demonstra o quanto você é.
No morro onde mora consegue mostrar
Que nem mesmo a pobreza consegue o seu sorriso apagar.
Também sou mulher e convido a todas para juntar-se comigo,
Somaremos nossas forças para que possamos recuperar o prejuízo.
Unidas sim teremos forças para construir um mundo melhor.
Nos hospitais, nas escolas, sempre haverá um sorriso de uma senhora.
Com todo o meu carinho, é que venho falar da mulher camponesa
A mais sofrida de todas, trabalha de sol a sol para seus filhos criar.
E lá no congresso as brilhantes mulheres que fazem as leis,
Com grande presteza para nos representar.
E para finalizar esta pequena homenagem
Quero lembrar que um punhado de mulheres,
Morreram queimadas para nos ensinar a lutar.
Portanto conclamo a todas as mulheres vamos lutar
Para que a nossa vida possa melhorar.
Incansáveis, não tem dia nem hora.
Nascidas do povo ou da burguesia,
Trabalham e lutam para manter a família.
Mulheres da cidade, do campo ou da periferia,
Por não saber o seu nome, lhe chamo de Maria.
Maria João, ou Maria José, com garra conquista o mundo mulher.
Mulher brasileira, mulher estrangeira,
Demonstra dia após dia, teu sangue guerreiro.
No palco da vida, representa vários papéis,
Passo a passo, conquista e demonstra o quanto você é.
No morro onde mora consegue mostrar
Que nem mesmo a pobreza consegue o seu sorriso apagar.
Também sou mulher e convido a todas para juntar-se comigo,
Somaremos nossas forças para que possamos recuperar o prejuízo.
Unidas sim teremos forças para construir um mundo melhor.
Nos hospitais, nas escolas, sempre haverá um sorriso de uma senhora.
Com todo o meu carinho, é que venho falar da mulher camponesa
A mais sofrida de todas, trabalha de sol a sol para seus filhos criar.
E lá no congresso as brilhantes mulheres que fazem as leis,
Com grande presteza para nos representar.
E para finalizar esta pequena homenagem
Quero lembrar que um punhado de mulheres,
Morreram queimadas para nos ensinar a lutar.
Portanto conclamo a todas as mulheres vamos lutar
Para que a nossa vida possa melhorar.
Ofício de mãe
Neste dia mamãezinha venho te homenagear
Com palavras de carinho e amor te dedicar
Dedico-te grande dama estes versos com fervor
Que nasceu dentro do meu peito o quanto tu representa para nós.
Mães do campo ou da cidade merecem todo carinho.
Cada filho que nasce aprendes mais um pouquinho
Olhando para ti, Oh mamãe! Lembro-me
A mãe do senhor embalando seu filhinho
Com amor e muito carinho.
Bem sei que muitas vezes, te sente cansada,
Mas o seu dever de mãe não os troca por nada
Altas horas da noite num canto escuro da sala
Cochila sentada em frente a TV,
Mas não ouve e nada vê.
Teus pensamentos estão longe, em cada filho distante.
Já não vivem mais para ti, criastes os filhos para a vida.
Como sofres mamãe, não chore mamãe.
São ofícios de mãe, coisas da vida.
Com palavras de carinho e amor te dedicar
Dedico-te grande dama estes versos com fervor
Que nasceu dentro do meu peito o quanto tu representa para nós.
Mães do campo ou da cidade merecem todo carinho.
Cada filho que nasce aprendes mais um pouquinho
Olhando para ti, Oh mamãe! Lembro-me
A mãe do senhor embalando seu filhinho
Com amor e muito carinho.
Bem sei que muitas vezes, te sente cansada,
Mas o seu dever de mãe não os troca por nada
Altas horas da noite num canto escuro da sala
Cochila sentada em frente a TV,
Mas não ouve e nada vê.
Teus pensamentos estão longe, em cada filho distante.
Já não vivem mais para ti, criastes os filhos para a vida.
Como sofres mamãe, não chore mamãe.
São ofícios de mãe, coisas da vida.
Menino da praça
Ao ver aquele menino mal vestido, e, maltratado
Chutando o banco da praça, cara suja e pés no chão
Rebelde e gabola,
Talvez, não tenha um lar, muito menos escola,
Pedindo esmola para se sustentar,
Menino da praça,
Ou da vila, ou de uma rua qualquer,
Batendo e apanhando para sobreviver,
Sem nada temer...
A praça é seu lar!
Será que algum dia alguém te adotará?
Pequena criança, que triste herança,
Alguém te legou...
Quem sabe um dia, meu pobre menino,
Tu terás sorte e tudo mudará,
E tu, meu pequeno da praça,
Terá escola e também um lar!!!
Um lar de amor, um lar de carinho.
E o menino da praça terá outro destino.
Desejo a ti, de coração, jovem menino.
Chutando o banco da praça, cara suja e pés no chão
Rebelde e gabola,
Talvez, não tenha um lar, muito menos escola,
Pedindo esmola para se sustentar,
Menino da praça,
Ou da vila, ou de uma rua qualquer,
Batendo e apanhando para sobreviver,
Sem nada temer...
A praça é seu lar!
Será que algum dia alguém te adotará?
Pequena criança, que triste herança,
Alguém te legou...
Quem sabe um dia, meu pobre menino,
Tu terás sorte e tudo mudará,
E tu, meu pequeno da praça,
Terá escola e também um lar!!!
Um lar de amor, um lar de carinho.
E o menino da praça terá outro destino.
Desejo a ti, de coração, jovem menino.
TRISTESSE (TRISTEZA)
TRISTESSE (TRISTEZA)
Aqui estou, acabei de chegar
Mas prometo que não vou demorar
Apresento-me com presteza
Bem sei que para mim,
Aqui não tem lugar...
Só vim para te lembrar,
Que vale a pena lutar pelos seus ideais,
Pois aqui só há lugar para amor e alegria,
Por isso não posso ficar.
O canto dos passarinhos que te faz recordar
Peço-te encarecidamente para você não mais chorar
Cante para seu amado, melodias que só as aves canoras
Sabem cantar
E prometa para ele que nunca o deixará sozinho ficar.
Vou-me embora; feche a porta
Não me deixe mais entrar
Pois onde existe amor e alegria
Tristeza não tem lugar.
Aqui estou, acabei de chegar
Mas prometo que não vou demorar
Apresento-me com presteza
Bem sei que para mim,
Aqui não tem lugar...
Só vim para te lembrar,
Que vale a pena lutar pelos seus ideais,
Pois aqui só há lugar para amor e alegria,
Por isso não posso ficar.
O canto dos passarinhos que te faz recordar
Peço-te encarecidamente para você não mais chorar
Cante para seu amado, melodias que só as aves canoras
Sabem cantar
E prometa para ele que nunca o deixará sozinho ficar.
Vou-me embora; feche a porta
Não me deixe mais entrar
Pois onde existe amor e alegria
Tristeza não tem lugar.
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