PAPAI, MAMÃE E AS CRIANÇAS

São seres inocentes que vivem entre nós.
São apenas crianças, pedaço de gente tão cheia de amor
Que riem e que choram; sorrisos inocentes, são nossos nenéns, são nossos semelhantes.
Olhando para eles eu me sinto criança, fecho os meus olhos e volto ao tempo.
A casa de taipa, mamãe e papai, noite de lua cheia, no terreiro da velha casa, ovelhas no aprisco abrigava.
Mamãe e papai papeavam com as comadres da redondeza.
E no clarão da Lua as crianças brincavam, cantavam e não se cansavam.
Enquanto na varanda deitado em uma rede o meu vovô cansado serenamente dormitava.
E na cozinha junto ao fogão de lenha, vovó as vezes assobiava, outras vezes cantava, enquanto o café preparava.
Já tarde da noite as comadres se retiravam e no terreiro da casa majestosa lua brilhava.
Abro os olhos, acordo, em um mundo diferente, com crianças diferentes, não vejo papai nem mamãe.
E vovó e meus irmãos, por onde andarão?
Cada um deve estar em um mundo diferente, com pessoas diferentes.
Mas tenho certeza, qualquer que seja o lugar, sempre haverá uma criança inocente.

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