A PROCURA

Volto a te perguntar de novo
Porque não me encontro mais?
Procurei-me por toda parte
Mas não encontrei nem meus rastros
Minha vida se confunde entre o povo e a Natureza
Entre as coisas belas da Natureza
Entre as coisas belas da vida.
Entre o riso e a tristeza
Entre o sítio e a cidade eu procuro me encontrar,
Não encontro incentivo para de novo me encontrar,
Continuo procurando sorrir com sinceridade
Quando procuro cantar o meu canto é de infinita saudade,
O meu cantar é tão triste que eu não posso prosseguir mais,
Lágrimas lavam meu rosto como rios e cachoeiras,
Como o cantar do assum-preto.
Mas continuo procurando-me entre o sítio e a cidade
Entre o riso e a tristeza.
Entre os rios e as cachoeiras no meio da passarada.
Perguntei para o lindo rio se ali me viu passar.
Ele então respondeu: - volta para tuas raízes
Talvez volte a te encontrar.
A Natureza que te ama, a mata que te consola,
Os gansos sempre te chamam, o galo, a galinha
E até mesmo a galinha angola.
Se tu queres te encontrar? Volta as tuas raízes agora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário