Nefastas mãos dos carrascos

nefastas mãos dos carrascos
retiraram sem dúvidas, vidas
Mefisto, um mago maldito,malquisto
na cram dos imundos
flechas com tentáculos de fato
crepúsculo de ira, nitratos de sórdidos
nefastas estirpes dos deuses das cores escuras
e a química da alma em taças sobre o licor
mas pela prostituta que o pariu
pelo útero que lhe assumiu e não o expeliu em contrações
gerou um feto em mutação
conviveu com a ferida hemorrágica no ventre
mirou-se na mente de seu reflexo recente
e agonizou pela floresta de árvores carnívoras de flores podres
mas de aromas cauterizante
e as centenárias feridas de plástico
expelíam insetos viscosos sobre sua existência
mas já não dói tanto a tristeza do cântico
já não encanta a lembrança do corpo
irás rir, chorar e rezar por nós.

Renato Cavalheiro

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