O POETA ROBERTO FORTES


Dedilhando sua velha Remington...

Roberto de Jesus Maciel Fortes nasceu em Iguape no dia 6 de agosto de 1962, data anualmente consagrada ao Senhor Bom Jesus de Iguape, filho do casal Edmur Roberto Fortes e Antônia Maciel Fortes.

Desde cedo demonstrou inclinação às letras e ao estudo da História local. Aos 13 anos, quando cursava a 6ª série ginasial, descobriu-se escritor. A partir de então, passou a escrever pequenos contos, que eram lidos e comentados por seus colegas de classe. Criou, nessa época, o pitoresco conto em vários episódios “O Vale dos Diabos Mancos”, cujos capítulos, manuscritos em folhas de caderno, eram avidamente lidos pelos seus colegas adolescentes.

Aos 15 anos, aflorou o seu dom para a poesia. Seu primeiro poema levou o sugestivo título “Divagações de Um Adolescente Acerca do Amor”, onde já se percebem o lirismo e o romantismo (mas também uma certa dose de pessimismo) que caracterizam a maioria de seus escritos poéticos.

Aos 16 anos, descobriu-se jornalista, passando a colaborar periodicamente com o “Jornal de Iguape”, através de crônicas e reportagens. Seu primeiro escrito para esse jornal foi uma crônica sobre Carmen Miranda.

Aos 18 anos, foi a vez de se revelar historiador. Passou, então, a estudar profundamente a História de Iguape e do Vale do Ribeira e a publicar seus trabalhos nos jornais locais e regionais, trazendo à luz fatos totalmente desconhecidos do grande público. Em 1981, seu levantamento sobre a Escravidão no Vale do Ribeira, publicado na “Tribuna do Ribeira”, mereceu moção de aplausos da Câmara Municipal de Registro.

JORNALISMO
Em junho de 1979, fez a sua estréia no jornalismo, quando passou a colaborar com o quinzenário “Jornal de Iguape”, então editado pelo casal Edna Meixedo Sulzbach e Mário Amaro Sulzbach. Nesse tablóide, publicou inúmeras reportagens e trabalhos históricos, até o ano de seu fechamento, em dezembro de 1987.

Em princípios de 1980, foi convidado pelo bissemanário “Correio do Vale”, editado em Registro, para ser correspondente em Iguape, escrevendo algumas reportagens, principalmente sobre o Carnaval iguapense e sobre a grande enchente que castigou o município naquele ano.

Em maio de 1981, passou a colaborar com o jornal “A Tribuna do Ribeira”, editado em Registro, que pertencia ao grupo “A Tribuna”, de Santos. Nesse jornal, Roberto Fortes destacou-se como cronista, publicando semanalmente, entre os anos de 1981 e 1983, crônicas sobre os mais variados assuntos e também diversos trabalhos sobre a História de Iguape e do Vale do Ribeira. Posteriormente, tendo que se dedicar a outros projetos literários, publicou alguns artigos esparsos. A partir de outubro de 1990, voltou a publicar regularmente suas crônicas, colaborando com esse jornal até agosto de 1992, quando encerrou suas atividades.

Em 1982, ficou responsável pela coluna histórica do jornal “Correio de Iguape”, dirigido pelo casal Paulo Branco e Jacira Branco, publicando artigos sobre a História local, até março de 1983, quando do fechamento desse periódico.

Em março de 1983, passou a colaborar com o semanário “A Comarca”, editado em Miracatu por Daniel Ferreira de Souza, onde publicou, até 1984, poesias e crônicas sobre variados assuntos. “A Comarca”, posteriormente, transformou-se em “Notícias do Vale”.

Por ocasião da comemoração dos 80 anos da imigração japonesa no Brasil, publicou no jornal “O Estado de S. Paulo”, em sua edição do dia 1º de julho de 1988, o trabalho “Katsura, A Primeira Colônia Japonesa do Brasil”. Escreveu também para esse jornal diversos artigos sobre Iguape e o Vale do Ribeira, publicados em forma de cartas.

Em 1989, escreveu alguns artigos para o efêmero jornal “O Vale”, semanário que tinha como editora a jornalista e poetisa Sueli Correa.

Em outubro de 1994, passou a colaborar com o jornal “Notícias do Vale”, editado em Registro, publicando, até o final de 1995, crônicas e também diversos trabalhos sobre a História dos municípios do Vale do Ribeira, por ocasião do aniversário de cada cidade.

Em dezembro de 1994, passou a colaborar com o “Jornal Regional”, que tinha como editor o jornalista Valdir Dias.

No dia 3 de dezembro de 1995, realizou um de seus projetos mais acalentados. Nessa data, editou o primeiro número do tablóide “Tribuna de Iguape”, periódico mensal de temática voltada para a História e a Cultura iguapenses, que também divulgava fatos da atualidade. Esse jornal circulou regularmente até dezembro de 1997, merecendo, inclusive, moção de aplausos do prestigioso Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, uma das mais importantes instituições culturais do País. Retornou em 2002, e continua na ativa até hoje.

Em princípios de 1998, reiniciou sua colaboração com o “Jornal Regional”, estreando a coluna “Crônicas”, que depois passou a se chamar “Alfarrábios”. Nessa nova fase no JR, Roberto Fortes publicou, entre outros: a biografia do consagrado naturalista Ricardo Krone e a saga dos confederados norte-americanos no Vale do Ribeira. Prepara, no momento, uma série de artigos sobre aspectos completamente desconhecidos da História do Vale do Ribeira.

LITERATURA E HISTÓRIA
No dia 27 de agosto de 1983, tomou posse na Academia Eldoradense de Letras, ingressando também na Casa do Poeta “Francisca Júlia”, entidades culturais dirigidas pelo poeta e escritor João Albano Mendes da Silva (J. Mendes), considerado um dos mais importantes intelectuais da região. Sua posse como acadêmico foi noticiada por vários jornais e mereceu moção de congratulações da Câmara Municipal de Iguape.

Em 1985, ingressou em várias entidades culturais do Rio Grande do Sul, consolidando sua vocação literária: Academia de Letras de Uruguaiana, Academia Internacional de Letras “Três Fronteiras” (Brasil - Argentina - Uruguai), Associação Uruguaianense de Escritores e Editores, Academia Internacional de Ciências Humanísticas, Clube da Poesia de Uruguaiana, Instituto Histórico e Geográfico de Uruguaiana e Academia Internacional e Heráldica e Genealogia.

Também em 1985, participou de duas antologias poéticas: o II Concurso de Poesia “Brasil Literário", com o “Poema Sideral”, incluído na Antologia Brasil Literário, publicado pela Crisalis Editora; e a antologia "Nova Poesia Brasileira 1985", com o poema existencialista “À Procura do Homem”.

Ainda em 1985, no mês de dezembro, venceu o I Concurso Literário da Faculdade de Registro, sendo classificado em 1º e 3º lugares, com os poemas “Mundo de Ambições” e “Deuses do Mal”, respectivamente.

Em 1986, ingressou na Academia de Trovas do Vale do Paraíba, recebendo um artístico diploma "em homenagem por seu destaque no cenário poético brasileiro." Essa Academia, sediada em Guaratinguetá (SP), é dirigida pelo escritor, historiador e poeta Francisco José de Castro Fortes, economiário aposentado, um dos mais destacados intelectuais do Vale do Paraíba.

Em 1990, foi classificado em 3º lugar no Concurso de Poesias da Caixa Econômica Federal, com o poema “Casa Velha”.

Faz parte da Comissão dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, em Iguape. É licenciado em Letras.

OBRAS
Desenvolveu abrangente trabalho sobre a História de sua cidade, que resultou no livro “Iguape... Nossa História” (2000), onde faz, em 600 páginas, abrangente estudo desde a fundação da cidade até os dias atuais. Esse livro foi publicado quando da comemoração dos 500 anos do Brasil.

Em 2006, em co-autoria com o historiador Benedito Machado, publicou o “Almanaque do Senhor Bom Jesus de Iguape”.

No prelo, “O Tucano de Ouro – Crônicas da Juréia”, com ilustração de José Galvão, que deverá ser lançado em meados de 2009. Prepara, para o ano que vem, “Contos”, com ilustrações do consagrado artista plástico Jair Glass. E seleciona suas melhores poesias para, em breve, lançar “Toda Poesia”.

Um comentário:

  1. LER É UM EXECICIO, NO CENTRO CULTURAL PLINIO MARCOS, DE ILHA COMPRIDA (BIBLIOTECA) ENCONTRA-SE UM LIVRO RELATANDO TODO O TRAJETO DO ATLETA RECORDISTA DO BRASIL,JÚLIO CÉSAR CANDELA (MARATONISTA E FUNDISTA) RECOMENDAVEL, MUITO LEGAL A ORIGINALIDADE DESCRITA.

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